Pentecostes é celebrado no quinquagésimo dia da Páscoa. Para os judeus, era a
festa do dom da Lei de Moisés: cinquenta dias após a saída de Israel do Egito,
o povo chegou ao pé do Sinai e, aí, recebeu a Lei e, pelo pacto da Aliança,
tornou-se para sempre o povo de Deus. É também a festa das primícias: na Terra
Santa, o Pentecostes era comemorado no tempo da colheita da cevada. Levavam-se,
então, os primeiros frutos da terra para o Templo de Deus.
Foi no dia de
hoje, no Pentecostes dos judeus,
quando os apóstolos estavam reunidos em Jerusalém, que o Senhor Jesus, que já
tinha soprado Seu Espírito sobre os Doze (representando a Igreja toda), agora
efundiu de modo portentoso, como no Sinai (vento, fogo, tremor de terra), o
Espírito Santo, marcando o início da missão da Igreja de anunciar e testemunhar
o Ressuscitado até os confins da Terra.
O Espírito é a própria vida que agora
preenche e sustenta Jesus Ressuscitado, de modo que receber o Espírito é
receber a própria vida de Jesus, Sua energia e potência de ressurreição. Para compreender numa linguagem de hoje: o Espírito é um
"vírus", o "vírus" de Cristo morto e ressuscitado. O que
esse "vírus bendito" faz? “Cristifica-nos”, isto é, vai nos
impregnando da vida, dos sentimentos e atitudes de Cristo Jesus.
É um processo
que chega ao máximo após a morte: esse Espírito virótico nos transfigura
totalmente, corpo e alma, segundo o Cristo na Sua morte e ressurreição: a alma
logo após a morte; o corpo, no final dos tempos, juntamente com toda a
humanidade, toda a criação e toda a história. Sejamos gratos ao Senhor que nos
cumulou com o seu Espírito e sejamos dóceis à sua ação em nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário