terça-feira, 13 de setembro de 2011

O IJMP está de luto pela morte do pai de Ir. Wagner

Nos do Instituto Jesus Missionário dos Pobres nos entristecemos com a morte de seu Pedro, pai de Ir. Wagner,MP. Ao mesmo tempo que a dor da partida invade nossa congregação a alegria da ressureição nos consola. Colocamos aqui a bela carta de santo Ambrósio a seu irmão Sátiro, falando sobre a morte para nós critãos.
Morramos com Cristo, para vivermos com ele
Percebemos que a morte é lucro, e a vida, castigo. Por isso Paulo diz: Para mim, viver é Cristo,
e morrer é lucro (Fl 1,21). Como unir-se a Cristo, espírito da vida, senão pela morte do corpo?
Moramos então com ele, para com ele vivermos. Moramos diariamente no desejo e em ato,
para que, por esta segregação,nossa alma aprenda a se subtrair das concupiscências corporais.
Que ela, como se já estivesse nas alturas, onde não a alcançam os desejos terrenos, aceite a
imagem da morte para não incorrer no castigo da morte. Pois a lei da carne luta contra a lei do
espírito e apóia-se na lei do erro. Mas qual o remédio? Quem me libertará deste corpo de
morte? (Rm 7,24) A graça de Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor (cf. Rm 7,25s).

Temos o médico, usemos o remédio. Nosso remédio é a graça de Cristo, e corpo de morte é o
nosso corpo. Portanto afastemo-nos do corpo e não se afaste de nós o Cristo! Embora ainda no
corpo, não lhe obedeçamos, não abandonemos as leis naturais, mas prefiramos os dons da
graça.

E que mais? Pela morte de um só, o mundo foi remido. Cristo, se quisesse, poderia não ter
morrido. Não julgou, porém, dever fugir da morte como coisa inútil nem que nos salvaria
melhor, evitando a morte. Com efeito, sua morte é a vida de todos. Somos marcados com sua
morte, ao orar anunciamos sua morte, ao oferecer o sacrifício pregamos sua morte. Sua morte é
vitória, é sacramento, é a solenidade anual do mundo.

Não diremos ainda mais sobre a sua morte, se provarmos pelo exemplo divino que dela resultou
a imortalidade, e que a morte se redimiu a si mesma? Não se deve lastimar a morte, que é causa
da salvação do povo. Não se deve fugir da morte, que o Filho de Deus não rejeitou, e da qual
não fugiu.

Na verdade, a morte não era da natureza, mas converteu-se em natureza. No princípio, Deus não
fez a morte, mas deu-a como remédio. Pela prevaricação, condenada ao trabalho de cada dia e
ao gemido intolerável, a vida dos homens começou a ser miserável. Era preciso dar fim aos
males, para que a morte restituísse o que a vida perdera. Pois a imortalidade seria mais penosa
que benéfica, se não fosse promovida pela graça.

Por isso, tem o espírito de afastar-se logo da vida tortuosa e das nódoas do corpo terreno, e
lançar-se para a celeste assembléia, embora pertença só aos santos lá chegar, e cantar a Deus o
louvor, descrito no livro profético, que os citaristas cantam: Grandes e maravilhosas tuas
obras, Senhor Deus onipotente; justos e verdadeiros teus caminhos, ó Rei das nações! Quem
não temeria e não glorificaria teu nome? Porque só tu és santo; todos os povos irão e se
prostrarão diante de ti (Ap 15,3-4). Contemplar também, ó Jesus, tuas núpcias, nas quais a
esposa, ao canto jubiloso de todos, é conduzida da terra ao céu – a ti virá toda carne (Sl 64,3) –
já não mais manchada pelo mundo, mas unida ao espírito.

Era isto que o santo Davi desejava, acima de tudo, contemplar e admirar, quando dizia: Uma só
coisa pedi ao Senhor, a ela busco: habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida e ver
as delícias do Senhor (Sl 26,4).

Um comentário:

  1. Desejo a vc, ir. Wagner, e a toda a sua família que o Bom Jesus possa aliviar o seu sofrimento e o dê conforto, pois para nós cristãos a morte não é o fim, mas uma passagem para estarmos com ele, nosso amado Deus. Força e coragem! Um abraço.

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